domingo, 14 de novembro de 2010

Era costume amar você.

Quando estávamos juntos, era costume cantar para você, só pra te observar dormindo, era costume sentir o teu perfume em meu travesseiro, era costume te amar perdidamente. Mas você se foi. Partiu. Depois disso nunca mais transmiti notas bonitas e felizes, nunca mais dormi direito, nunca mais senti o conforto de amar. Não sei onde tudo se perdeu, onde o fio da memória se rompeu, onde tudo chegou ao fim. Não lembro mais do seu rosto, e isso só enfraquece minha alma, pois a cada suspiro, mais me sinto vazia. Um beijo. Um abraço. Os seus eram os melhores. E agora? Não sei mais o que fazer. Por que essa dor ainda não acabou? Por que tudo não teve um fim, um fim como tudo nessa vida tem? Tenho medo de viver pra sempre assim, jogada as lembranças fracas que alimentam o resto de sanidade que eu tenho. Não sei se posso continuar a chamar isso de vida, pois não acho que estar perdida em seus medos e futilidades possa ser uma coisa considerada vida. Sei que a dor só aumenta enquanto tento ficar lembrando de tudo, tudo aquilo que o tempo já enfraqueceu na minha cabeça, mas quem disse que só fazemos aquilo que nos é bom? Posso não querer, mas vou continuar a sofrer, só para não deixar a lembrança de você se perder, nunca irei deixar você morrer dentro  de mim, mesmo que isso me proporcione uma dor sem fim.

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